É
comum aceitar certas condições impostas pela simples incapacidade de se fazer lutar
contra. Ir com a maioria significa delinear a fronteira da autocapacidade.
Enquanto os verdadeiros líderes destacam-se por tomarem as decisões sem temer
ou esperar opiniões alheias. Ao ir em frente, confiante e determinado, tem-se
atrás um rio de seguidores, cegos, surdos e mudos, dispostos a defender quem os
protege da difícil missão de pensar. A caça terceirizada livra os incapazes de
produzir seu próprio alimento.
Aos
componentes dessas águas de seguidores longas e infinitas, a esses pobres
coitados, ainda são confiadas responsabilidades que influem diretamente contra
na individualidade, ceifando aos poucos sua força interior. Acha-se realmente
que não precisa agir. Cresce então dentro do indivíduo uma necessidade absurda
de atenção, dependência, fazendo-o acreditar no poder coletivo. Assim,
espera-se que com a força de vários a carência de um seja suprida. A dependência
engole o ser, transforma-o em pequeno, em nada. O sem força e inútil logo vê-se
rodeado de semelhantes. Então ao invés de termos significativos e destacados
seres fortes, capazes, teremos na verdade um conjunto apagado e sem vida de
nadas.
Ainda assim, ao nada, ao conjunto sem fim de
nadas está depositada a maior forma de poder encarada por um homem em todos
esses recentes anos: na decisão por maioria o futuro de uma nação, ou de um
grupo, por meros caprichos, é decidido por quem deixou de ser indivíduo. A
dependência contamina. Deixa um rastro de cegueira por onde passa.
Um
verdadeiro líder, ao perceber a fraqueza de um de seus seguidores o ignora.
Assim como o resto do grupo. O mais fraco precisa ser tratado de forma que o
faça reagir sozinho. Precisa entender que sem força individual não chegará
longe. A mãe de qualquer animal ao amamentar seus filhotes nota que um deles
está ficando pra trás, ela o deixa. Assim ele irá segui-la, reconhecendo assim
seu poder de ação e tonando-se forte torna-se também superior aos demais.
O
ser humano confunde o espírito de liderança. Estender a mão ao outro nem sempre
significa levantá-lo. Ao ser só, o ser encara não um tripé, e sim a sustentação
natural. E isso deve ser valorizado. Às promoções da multidão deve-se arrogar o
egocentrismo. Sem valor não pode-se somar. É desenvolvendo força individual que
se descobre a capacidade. Extinguindo-se essa força cria-se uma nação de
incapazes.
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