quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Ser professor me faz bem!


Cada vez com mais frequência encontro ex-alunos por aí. Amizades foram construídas a partir da relação entre professor e aluno. Apesar de minha rigidez no tocante disciplina sempre tivemos ótimas relações. Nunca admiti desrespeito e eles sempre entenderam. Nunca admiti inverdades, por isso nunca minto para eles. Esses dois pilares sustentam minha recém-nascida vida de professor. Ainda que ex-alunos eu sempre pergunto quando os encontro: - E os estudos? Imaginem para os alunos atuais. Uma pequena preocupação com ar de cobrança.

Esses dois pilares são importantíssimos para minha profissão. Preciso todos os dias da confiança e do respeito de meus alunos para conseguir deles o que de mais valioso existirá em suas vidas estudantis: Resiliência e capacidade de começar de novo. Trabalho todos os dias tentando mostrar que superar-se é algo que precisa se tornar comum e suas vidas. Para meus alunos esse pensamento deve ser essencial. Jamais garantirei a eles comodidade, mas injeto confiança para vencerem os desafios, que são muitos, diários. Não posso relaxar quanto a isso. 

Sinto-me muito agradecido por já existirem alunos meus em universidades nos mais variados cursos. Sou incrivelmente feliz por sempre conseguir enxergar neles vitórias e mais vitórias. E não estou falando apenas de medalhas ou viagens para receberem premiações – e isso é excelente, mas estou me referindo ao sucesso de cada dia: Daquela questão complicada que foi resolvida, daquela palavra que não escrevia direito, mas já consegue não errar mais, da primeira palavra lida, do primeiro texto lido e compreendido, do medo vencido, da insegurança derrotada, de se sentir capaz. Quando um aluno meu vence me sinto bem. E eles vencem, é só trabalhar certinho por eles que eles conseguem.

E tudo isso por que é difícil. Vida de estudante profissional é complicada. As disciplinas, os conteúdos e os prazos exigem muito de cabecinhas que, às vezes, não são maduras o suficiente para entenderem o que está se passando. Mas não se pode descansar. Professor que sou, devo mostrar aos alunos que é difícil mesmo, e que é só organizar direitinho e nos esforçarmos que conseguiremos êxito.  Entender que o fracasso poderá visitá-los, mas não precisam convidá-lo para entrar, basta um oi. É aí que nos reinventamos e viramos o jogo. Tenta-se de novo!

Mais uma vez, esse ano, alunos hoje se tornarão ex-alunos amanhã. Meus amigos. Passaram por tudo isso comigo e outros professores e agora enfrentarão as dificuldades que se apresentarão praticamente sozinhos. Apesar da saudade que já aperta, confio demais neles. Já me provaram vezes demais que sabem o caminho que vão seguir. E como já havia dito, toda vez que os vejo vencendo sinto-me bem, sinto-me feliz. E sempre direi: - Eu fui professor deles.