domingo, 9 de outubro de 2022

Sabe...

 Sabe

Não acho que Deus vai estalar os dedos
E satisfazer todos os seus desejos
Só pq vc pede no seu templo de joelhos

Sabe
O milagre não é chuva de granizo
Não está do lado de fora o que preciso
A salvação sempre esteve aqui comigo
Mas só O encontro quando o excesso sacrifico.

Sabe
Não sabe de nada quem aconselha
O segredo não está lá na soberba
Ninguém quer saber do seu caminho
Não adianta sair do buraco se não for sozinho

Sabe...
A resposta está no silêncio, aqui dentro.
Está sempre no íntimo e lá, no que eu penso
Nada que diga vai fazer diferença
Nem gritando ou sussurrando
Sempre tem alguém que dirá que é ofensa

Não irá cair do céu nem no reels de Instagram
Então rasga esse papel de heróina ou de vilã
Rasga essa receita e esquece a prateleira
Não se compra a salvação com promessas, crianças
Criança? - Deus não é tua arrumadeira.







segunda-feira, 3 de outubro de 2022

ELEIÇÕES E FUTEBOL / Todos se emocionam demais

 

Não devemos misturar futebol e política, entretanto, o futebol foi  totalmente influenciado pela política!

Uma grande curiosidade cresce em mim toda vez que assisto jogos de futebol. Toda minha experiência com esse esporte ou é brincando de jogar ou assistindo pela tv, então, tenho curiosidades para saber como seria assistir a um jogo na arquibancada. Isso acontece quando tem Eleição Nacional também, sempre me pergunto sobre as diferenças de ideias tão antagônicas e como toda essa “diferença de ideias” acontece. 

 

Há pessoas que não suportam assistir pela tv de tão acostumadas a ir ao estádio e fico pensando se eu acharia ruim assistir jogos de meu time na arquibancada, em pé, pois em casa, no sofá com controle remoto na mão e sem incômodos é bem mais confortável. Já tenho uma opinião formada sobre assistir jogos na arquibancada mesmo nunca tendo assistido lá. Enfim, bom mesmo seria experimentar as duas opções e assim sanar essa dúvida. Imagine alguém que vai sempre nos estádios me ouvindo opinar sobre isso. Iria me aconselhar a ir ao estádio para saber. 

 

Nas eleições, mesmo sem nunca ter vivido o que o outro viveu julgamos as escolhas e comportamentos dele. Duvidamos de sua inteligência, de sua sanidade mental e penalizamos até a região que o outro mora apenas por pensar diferente de nós. Eu já fiz muito isso, principalmente quando era mais novo e bem imaturo. Fica evidente pelo resultado do primeiro turno das eleições o abismo que separa a tão discutida direita e esquerda do país, um buraco tão grande de ideias que em pleno ano de Copa do Mundo não podemos usar nossa amarelinha penta campeã, ou assumir o voto em determinado candidato e ser carimbado com o pacote de adjetivos já predeterminados. E explicar para qualquer um dos lados que o seu lado é melhor não fará diferença nenhuma e vice-versa.

 

Assim como os jogos de meu time, quando assisto as apurações das eleições um sentimento de torcida toma conta. Ansiedade, tensão, espanto, raiva ou alegria. De fato, cria-se todo um ambiente de disputa que empurra a racionalidade para um canto que é difícil tirá-la de lá. O jogador de seu time comete um pênalti claro e você exclama logo que: - Não foi nada! Você se afasta de pessoas queridas por defender candidatos que nem deveriam estar disputando uma eleição, mas tem seu voto e paixão. No fim sua escolha sempre é a mais correta que a do outro.

 

Podem achar absurdo também comparar as eleições a um simples jogo de futebol. Mas o presidente do TSE comparou, você gostou de ouvir os fogos sendo soltos por seu candidato estar comemorando, participou de carreatas, empunhou bandeiras, vestiu camisas, esperou horas em uma fila e rivalizou com quem estava com cores diferentes das suas. Nossas eleições são como uma partida de um jogo qualquer, basta racionalizar que dará para entender. Tire a racionalidade daquele canto, substitua a paixão pela razão. Antes de julgar tente viver a experiência. Mas ao fazer isso tenha muito cuidado, você pode começar a pensar diferente do que está acostumado e, pior, gostar disso.