segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O mundo, o tempo...

Cá está o mundo. Assim tão cheio de sonhos. Sonhos nebulosos, aonde a realidade perde horizontes. Mas não custa tanto sonhar. Nem sempre desejar é pecado. Mas encarece sonhar tanto. Nem sempre desejar é benéfico. Em uma vida tão cheia de decepções não dá para terceirizar o destino. Mas assumir o leme dá trabalho e nem sempre o autocontrole será agradável. E quando será?

 A engrenagem do tempo está a todo vapor. Nenhum sistema, máquina alguma é tão eficaz. E ele passa, sempre com sua pontualidade britânica. Correndo sempre atrás, está o ser humano. Quando perde a hora, vai para a estação seguinte torcendo para que não esteja novamente atrasado. Desatento, vulnerável e incrivelmente devagar. O tempo passa e, como já dissera Zenão em seus paradoxos, o homem jamais o alcançará. Sempre à espera. É mais fácil.

Cá está o homem. Sonhando em demasia. Poluindo o mundo com névoa, ofuscando sua realidade.  Quanto prejuízo. O ócio intoxica seu organismo e contamina seu meio. É radioativo. O brilho de longe engana. Decepcionante essa escolha. O tempo não perdoa tanta negligência. Velejar sem rumo em um mar de náufragos? Dê lugar a quem rema. Se afogue ou lute. Quanto prejuízo!


Voltar no tempo é suicídio. Só o futuro salvará o que se passou. Então o presente é mais valioso. Respirar o ar de agora valorizará a vida. O ar de agora suprirá sufoco do depois. Se existir. Assumir o leme trará luz que nasce em um horizonte logo ali há muito não visto. Siga-o. Corra atrás do prejuízo.