Será se ao
dormirmos desligamos ou perdemos a consciência? Se a consciência cede lugar aos
sonhos... A plenitude da vida se apresenta sem arrodeio logo ao acordarmos. A
luz é intensa, a vida é a luz. Nossos olhos, vivos, abertos logo enchem nosso
corpo com consciência, vida!
Aquele susto
que tomamos quando perdemos a hora e percebemos isso, é vida pura. Quiseram os
deuses acordar assim todos os dias. O pulo da cama, com disposição, sem rodeios
- ou sem 3 sonecas seguidas, adiando
o despertar – traz consciência. Não aquele atraso de horas, que nos faz perder
um turno, mas sim, aquele de poucos minutos, que nos faz perder também – e só -
o tempo da preguiça, antes do banho matutino. O acordar nos permite viver.
Mas dormimos também
acordados. Dormimos durante o trabalho, as conversas, durante relacionamentos. E
não vivemos. A consciência cede lugar aos sonhos. A vida dá lugar ao sono. A
luz cede à sombra. E os sustos que tomamos vão ficando inconstantes, raros. E
assim, vivendo desligados, perdemos também a consciência.
Prestemos
mais atenção nos sustos. Foquemos intensamente na vida. Nunca o contrário! Para
saber o que lhe faz bem, observe com demasiada finura o que lhe provoca
disposição. E aí, minuciosamente, memorize como seu corpo reage ainda que por poucos
segundos. É nesse momento, de disposição, momento que ninguém pode lhe frear,
que a vida transborda, que o sono acaba e que a consciência reina. Bom dia!