Já ouviram aquela expressão
pisando em ovos né? Pois é, em ano de eleição municipal, o povo tem que andar
pisando em ovos e ainda por cima achando que a qualquer momento eles irão
explodir. Quanto mais perto chega de outubro, a brincadeira parece ter mais
graça ainda. As pessoas andam nas pontas dos pés e sussurrando com muito medo
de deixar escapar o lado que escolheram.
Não é de hoje que o interesse
político reina na cabeça do povo. Ainda mais de um povo acostumado a ter supostas
facilidades – empreguinhos aqui e acolá,
secretarias aqui e acolá também. Mas como ainda hoje vemos candidatos
políticos usando esse poder de barganha para disputar eleições, o que seria
incomum era ver o povo ter coragem de negar o que estão lhe oferecendo – incomum, mas seria o correto. O problema é que dependendo da escolha que se
faça você pode perder sua “graninha” e, consequentemente, a vida relativamente
estabilizada que tinha. É uma loucura. O cidadão que se acostumou a viver da prefeitura
não sabe para onde vai.
É gravíssima a formação desse
ciclo tão vicioso. E é perigoso, pois de quatro em quatro anos de tantos mandatos
não se observa nenhuma modificação desse aspecto que aparenta ser decisivo na
escolha dos candidatos – provavelmente
por isso. Lógico! A carne seca tá lá e só os que estão pisando-a sabem que
estão por cima. Quanto mais o povo depende da prefeitura mais ele estará preso
ao querer apenas de um. E por mais que vivendo já a bons anos de tal Democracia
nesse Brasil, é inaceitável conviver com pessoas que possuem tantos privilégios
quando estão no poder. O que nos faz lembrar, das poderosas monarquias já
existentes que tratavam seu povo como plebe, apenas pagadores de impostos.
Enquanto o povo continuar com
medo de quebrar ovos os “príncipes tutoienses” não irão perder a coroa, ou
melhor, essa tal coroa irá apenas passar de um mandato para o outro, quase como
de forma hereditária. Por isso escolher o candidato correto é importantíssimo. Mas
o povo precisa também acreditar no motivo pelo qual o está escolhendo. Não pode
mais idolatrar como reis os que aqui têm e os que terão autoridade. E, sobretudo,
entender que a mudança de seu voto não lhe torna um condenado perante a corte.
A
mudança é necessária e o povo precisa saber disso. Sem medo e pisando com força
no chão o povo precisa entender que o poder está é em suas mãos, na hora do
voto!
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