quinta-feira, 3 de maio de 2012

Campo minado. Ou - De volta às Monarquias!

Já ouviram aquela expressão pisando em ovos né? Pois é, em ano de eleição municipal, o povo tem que andar pisando em ovos e ainda por cima achando que a qualquer momento eles irão explodir. Quanto mais perto chega de outubro, a brincadeira parece ter mais graça ainda. As pessoas andam nas pontas dos pés e sussurrando com muito medo de deixar escapar o lado que escolheram.

Não é de hoje que o interesse político reina na cabeça do povo. Ainda mais de um povo acostumado a ter supostas facilidades – empreguinhos aqui e acolá, secretarias aqui e acolá também. Mas como ainda hoje vemos candidatos políticos usando esse poder de barganha para disputar eleições, o que seria incomum era ver o povo ter coragem de negar o que estão lhe oferecendo – incomum, mas seria o correto. O problema é que dependendo da escolha que se faça você pode perder sua “graninha” e, consequentemente, a vida relativamente estabilizada que tinha. É uma loucura. O cidadão que se acostumou a viver da prefeitura não sabe para onde vai.

É gravíssima a formação desse ciclo tão vicioso. E é perigoso, pois de quatro em quatro anos de tantos mandatos não se observa nenhuma modificação desse aspecto que aparenta ser decisivo na escolha dos candidatos – provavelmente por isso. Lógico! A carne seca tá lá e só os que estão pisando-a sabem que estão por cima. Quanto mais o povo depende da prefeitura mais ele estará preso ao querer apenas de um. E por mais que vivendo já a bons anos de tal Democracia nesse Brasil, é inaceitável conviver com pessoas que possuem tantos privilégios quando estão no poder. O que nos faz lembrar, das poderosas monarquias já existentes que tratavam seu povo como plebe, apenas pagadores de impostos.  

Enquanto o povo continuar com medo de quebrar ovos os “príncipes tutoienses” não irão perder a coroa, ou melhor, essa tal coroa irá apenas passar de um mandato para o outro, quase como de forma hereditária. Por isso escolher o candidato correto é importantíssimo. Mas o povo precisa também acreditar no motivo pelo qual o está escolhendo. Não pode mais idolatrar como reis os que aqui têm e os que terão autoridade. E, sobretudo, entender que a mudança de seu voto não lhe torna um condenado perante a corte.  

A mudança é necessária e o povo precisa saber disso. Sem medo e pisando com força no chão o povo precisa entender que o poder está é em suas mãos, na hora do voto!    

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