Tu buscas o alto, mas não respeitas a grandeza.
Buscas a batalha, mas não consegues conviver com a vitória. De que adianta
ensinar se não te capacitaste a aprender? Após levantares o voo, cair não pode
ser uma opção, um risco talvez, mas deves obrigar-te no mínimo a planar.
Acaba com desejos tristes de desistência, uma
pequena jornada. Buscando ascender, e já indo, olha para baixo e tremes! Descer
parece mais que uma chance, engana-te ao ponto de esconder tuas forças só para
descender. Sentir o vento lutando em segurar-te no alto ludibria-te servindo de
catapulta para fuga. Em breve despertarás o fogo da vitória e, com a queda
perto do fim, encontrarás cobiça pelo topo novamente.
Tempo perdido? Talvez! Mas em breve estarás convicto
de que sem o prazer da queda não saberás mais viver. O vício da fraqueza inunda
o espaço aparentemente limpo. Sujo, contaminado, sente-te normal, comum, como o
resto de ti espera. E tu, dormente, tens a fé da igualdade! Tu encarnas o
espírito social e esquece-te de ti. - É a
queda! Solto, desabando, te sentes resistindo, teus princípios te asseguram
que não cairás, não és como o resto. Não és? - É o vento lutando! Igual? Não! Sabes que não podes o ser! Sabes
que existe uma concha – residência - anulando contatos externos e até um feixe
de luz, casa à dentro, é contagioso.
Como subir novamente? Desencarnando o que te empurra!
Mas é isso o que queres? Claro! Mas não consegues. És fraco e desiste. Passas a
vida caindo, acreditando em um dia voltar a subir. Mas é apenas um sonho.
Buscas o alto? Ou simplesmente deseja-o? Tua condição minúscula te faz
acreditar ser igual, comum, mas tudo não passa de desistência, de falta de
resistência. Preferes nomear tua fraqueza como bondade. Hipócrita! Adoras desabar,
mas só quando convém, inclina-te e mira o topo. - Ilusão!
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