segunda-feira, 7 de maio de 2012

O vício da queda e a ilusão da subida



Tu buscas o alto, mas não respeitas a grandeza. Buscas a batalha, mas não consegues conviver com a vitória. De que adianta ensinar se não te capacitaste a aprender? Após levantares o voo, cair não pode ser uma opção, um risco talvez, mas deves obrigar-te no mínimo a planar. 

Acaba com desejos tristes de desistência, uma pequena jornada. Buscando ascender, e já indo, olha para baixo e tremes! Descer parece mais que uma chance, engana-te ao ponto de esconder tuas forças só para descender. Sentir o vento lutando em segurar-te no alto ludibria-te servindo de catapulta para fuga. Em breve despertarás o fogo da vitória e, com a queda perto do fim, encontrarás cobiça pelo topo novamente.

Tempo perdido? Talvez! Mas em breve estarás convicto de que sem o prazer da queda não saberás mais viver. O vício da fraqueza inunda o espaço aparentemente limpo. Sujo, contaminado, sente-te normal, comum, como o resto de ti espera. E tu, dormente, tens a fé da igualdade! Tu encarnas o espírito social e esquece-te de ti. - É a queda! Solto, desabando, te sentes resistindo, teus princípios te asseguram que não cairás, não és como o resto. Não és? - É o vento lutando! Igual? Não! Sabes que não podes o ser! Sabes que existe uma concha – residência - anulando contatos externos e até um feixe de luz, casa à dentro, é contagioso. 

Como subir novamente? Desencarnando o que te empurra! Mas é isso o que queres? Claro! Mas não consegues. És fraco e desiste. Passas a vida caindo, acreditando em um dia voltar a subir. Mas é apenas um sonho. Buscas o alto? Ou simplesmente deseja-o? Tua condição minúscula te faz acreditar ser igual, comum, mas tudo não passa de desistência, de falta de resistência. Preferes nomear tua fraqueza como bondade. Hipócrita! Adoras desabar, mas só quando convém, inclina-te e mira o topo.  - Ilusão!

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