sábado, 22 de setembro de 2012

A verdade sobre o Brasil. ou Um país de maioria tola. Apedeutas!


Costumo posicionar-me de maneira racional em meus textos. Quando escrevo sobre qualquer coisa procuro sempre, além de coerente, ser direto sem deixar-me levar por paixões. E por isso, a maioria das pessoas que ler meus escritos não concorda comigo. O que me agrada muito. A opinião da maioria é duvidosa e a minoria contém padrões aceitáveis de equilíbrio.

Assim, como a minoria, sou dos que não acreditam que o Brasil é Um País de Todos. O último presidente da república deixava claro em seus discursos que este país era uma potência disso e daquilo. Lula criava um conto de fadas na cabeça de cada eleitor médio brasileiro. Fez a maioria iludir-se que um analfabeto na presidência seria melhor que outro, mais letrado. Inculcou na mente dos mais fracos que ele era o cara. A maioria o apoiou.

Dentre tantos vexames ocorridos nos oito anos do molusco como presidente alguns foram mais vergonhosos que outros. Aqui no Maranhão, em Alcântara, ele quis por força fazer um foguete ficar acima de sua cabeça. E sem preparo tecnológico e a sem capacidade de eficiência que um evento desse necessitava foi tudo literalmente pelos ares.

Um submarino era motivo de orgulho para a nação – menos para mim “(mim)noria”. O apedeuta fez os técnicos brasileiros inventarem algo que ficasse em baixo d’água. Não deu certo – ou deu, sei lá! Entrou tanta água no invento que corria o risco dele ficar dentro d’água para sempre. Mais vergonha.

Depois inventou que debaixo do Brasil tinha tanto petróleo que todos os brasileiros iriam ficar ricos. E quem acreditou?  A maioria! Até que tem o tal “petro” mesmo por lá, no conhecido pré-sal. Mas adivinhem: Ainda não conseguimos tirar uma gota do sonhado ouro negro. Não temos tecnologia.

O rei da cocada preta conseguiu roubar os seus súditos praticamente sem disfarçar. O mensalão foi descoberto e ficou tudo por isso mesmo. Bastava a anta ir na televisão que os seus batessem palma. Foram oito anos de festa com o dinheiro público. E o Brasil, como ficou?

Bom, ontem pela manhã, encontrei duas senhoras professoras na estrada que pediam carona. Elas entraram no carro e depois de se apresentarem, começaram a contar sobre suas rotinas. A mais velha das duas tratou logo de falar de detalhes. Comentou sobre uma discussão que teve com o secretário de educação de sua cidade. Ele falava que quando chegou o resultado da Provinha Brasil, mais especificamente de sua sala, tinha sido um fiasco. E o secretário foi tirar satisfações. O que resultou em confusão.

A professora disse que se a turma obteve um desempenho ruim não foi por culpa dela. Os seus alunos que chegavam à sua turma, 5º ano, ainda não sabiam ler. Então, o problema estava nas turmas iniciais. Ou seja, há quatro anos!

E com o sentimento de revolta, contou também como seus alunos sofrem. As crianças, sem nada no estômago, sentiam tanta fome às oito da manhã que era impossível estudar. Citou dois irmãos, ex-moradores do lixão de uma cidade próxima. Que, assim como os outros, além da fome, tinham suas cabeças infestadas de piolhos e dificilmente tomavam banho. Tanta revolta resultou em uma decisão dela com outros professores. Resolveram que iriam dar banhos nas crianças e comprariam lanches por conta própria.

“Não podemos nos concentrar em ensinar o que devemos. As crianças precisam de coisas mais urgentes.” Foi o que a professora disse.

Essa é a realidade do país. Essa é a verdade que o ex-presidente e a atual não têm coragem de assumir na frente das câmeras. Enquanto eles mentem sobre a potência que o Brasil não é, as universidades precisam de engenheiros se formando e o país de engenheiros formados. Como lançar um foguete se as crianças do país passam fome em suas escolas? Como construir um submarino de ponta se os alunos do 5º ano das escolas públicas do país ainda não sabem ler?

Eu poderia até dizer que fico triste com toda essa situação. Mas estaria mentindo. Não me surpreendo com isso. É a realidade. E a defendo desde muito tempo. Enquanto a maioria hipnotizada beijava os pés de seu sultão eu estava me informando, e já era esperado que tudo isso continuasse como já estava há anos. O pior é que vai continuar assim. 

A maioria tende a ser favorável a tudo isso, mesmo achando que briga por igualdades disso ou daquilo. A maioria não tem espelho. Não se conhece. Deveria se enxergar. 
    

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