Somos vários, infinitos em nós
mesmos. Isso é uma realidade. Somos três, infinitos, somos nós mesmos. Isso é
felicidade. Uma, duas e o três. Somos nós três.
Só uma coisa é certa quando falamos
de personalidades: Somos o que somos por termos referências que nos
influenciaram em nossas vidas. É impossível, inevitável, improvável não termos
um pouquinho de cada um dentro de nós. Podem dizer que somos diferentes, mas só
nós sabemos o quanto somos ligados, unidos e dependentes. Somos três! Nunca
poderíamos ser três sem a uma ou a duas. Jamais seremos nós mesmos sem nossas
referências.
A infância deixa marcas boas.
Imagens, cheiros, barulhos, letras, ações, nomes... São detalhes pessoais que
ninguém tem pelo outro, só o eu sabe o que tais marcas significam. E minhas
marcas foram construídas ao lado de minhas irmãs. Tudo o que eu entendia por
mundo girava em torno delas. Meus pais nos direcionavam, mas eram a primogênita
e a do meio que seguravam em minha mão. Protegiam-me! Ah, como eu agradeço.
Com 5 anos ganhei uma bicicleta,
usada. Chorei muito. Não sei se de alegria ou descontento por não ser nova. Só
sei que gostei muito mesmo foi quando, mesmo com rodinhas, eu pude chegar até o
final daquela rua. Que emoção! Eu nunca tinha ido tão longe, ainda mais montado
em uma bike! Eu me sentia seguro, pois minha irmã dizia: - Lá vai Jota, segura!
A Giselle corria me empurrando. Eu, nunca tinha andado antes, e ela, como já
tinha a bicicleta dela, uma marronzinha, me passava segurança e me ensinava. A
Gabrielle, sempre mais preocupada, dizia: - Cuidado com os carros! A gente nem
ligava.
Brincávamos debaixo da mesa da
cozinha e imaginávamos um ônibus. Usávamos a máquina de escrever e os papeis
velhos para fazer de conta que tínhamos um escritório. A Gisa sempre quis ser a
secretária. Também, usando sacolas de plástico, subíamos no bufê da mamãe e
pulávamos com a sacola sobre a cabeça fingindo um paraquedas. Era muita
imaginação. Sem contar quando a Gabi e Gisa combinavam com as colegas da rua e
se vestiam de Xuxa e paquitas e iam para casa de alguma cantar e dançar. Quanto
Ilá rilá riê!
Isso é muito bom, mas pouco perto do que
vivemos. Nós três já escutamos muitas coisas, vimos e vivemos situações
difíceis. Imagino que cada um de maneira diferente. Já vencemos batalhas que
muitos não aguentariam. Nós três! Sempre, nós três. É assim que sempre vi e
senti minha vida. Ao lado de minhas irmãs parece tudo mais fácil.
Não posso, de maneira nenhuma,
subestimar a importância de minha família. Viver sem eles? Para quê? Em troco
de quê? Para posar de independente? Prefiro ser dependente! Dependo de minha
família, de minhas irmãs. Dependo da Giselle, da Gabrielle. Como eu poderia ser
eu sem elas? Jamais. Eu não existiria. Só sou o que sou hoje por causa de
minhas irmãs. Como as amo! E dependo delas. As duas... Sem as duas, como
poderíamos ser três? Nós três!
Minhas irmãs são minha fortaleza,
meu alicerce.
Nada de difícil, impossível e invencível
irá nos derrubar. Já vencemos muito e venceremos mais. Nós três!
Nós três somos: Deus, Pai, Mãe,
Gisa, Gabi, Jota, Raimundo, Martfran, Samuel, Miguel, Clicia, Frederico, Luciana, Rose,
IEMMa... Somos infinitos, somos toda nossa família! Nós três!
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