sábado, 6 de julho de 2013

Nós três!

Somos vários, infinitos em nós mesmos. Isso é uma realidade. Somos três, infinitos, somos nós mesmos. Isso é felicidade. Uma, duas e o três. Somos nós três.

Só uma coisa é certa quando falamos de personalidades: Somos o que somos por termos referências que nos influenciaram em nossas vidas. É impossível, inevitável, improvável não termos um pouquinho de cada um dentro de nós. Podem dizer que somos diferentes, mas só nós sabemos o quanto somos ligados, unidos e dependentes. Somos três! Nunca poderíamos ser três sem a uma ou a duas. Jamais seremos nós mesmos sem nossas referências.


A infância deixa marcas boas. Imagens, cheiros, barulhos, letras, ações, nomes... São detalhes pessoais que ninguém tem pelo outro, só o eu sabe o que tais marcas significam. E minhas marcas foram construídas ao lado de minhas irmãs. Tudo o que eu entendia por mundo girava em torno delas. Meus pais nos direcionavam, mas eram a primogênita e a do meio que seguravam em minha mão. Protegiam-me! Ah, como eu agradeço.

Com 5 anos ganhei uma bicicleta, usada. Chorei muito. Não sei se de alegria ou descontento por não ser nova. Só sei que gostei muito mesmo foi quando, mesmo com rodinhas, eu pude chegar até o final daquela rua. Que emoção! Eu nunca tinha ido tão longe, ainda mais montado em uma bike! Eu me sentia seguro, pois minha irmã dizia: - Lá vai Jota, segura! A Giselle corria me empurrando. Eu, nunca tinha andado antes, e ela, como já tinha a bicicleta dela, uma marronzinha, me passava segurança e me ensinava. A Gabrielle, sempre mais preocupada, dizia: - Cuidado com os carros! A gente nem ligava.

Brincávamos debaixo da mesa da cozinha e imaginávamos um ônibus. Usávamos a máquina de escrever e os papeis velhos para fazer de conta que tínhamos um escritório. A Gisa sempre quis ser a secretária. Também, usando sacolas de plástico, subíamos no bufê da mamãe e pulávamos com a sacola sobre a cabeça fingindo um paraquedas. Era muita imaginação. Sem contar quando a Gabi e Gisa combinavam com as colegas da rua e se vestiam de Xuxa e paquitas e iam para casa de alguma cantar e dançar. Quanto Ilá rilá riê!

Isso é muito bom, mas pouco perto do que vivemos. Nós três já escutamos muitas coisas, vimos e vivemos situações difíceis. Imagino que cada um de maneira diferente. Já vencemos batalhas que muitos não aguentariam. Nós três! Sempre, nós três. É assim que sempre vi e senti minha vida. Ao lado de minhas irmãs parece tudo mais fácil.

Não posso, de maneira nenhuma, subestimar a importância de minha família. Viver sem eles? Para quê? Em troco de quê? Para posar de independente? Prefiro ser dependente! Dependo de minha família, de minhas irmãs. Dependo da Giselle, da Gabrielle. Como eu poderia ser eu sem elas? Jamais. Eu não existiria. Só sou o que sou hoje por causa de minhas irmãs. Como as amo! E dependo delas. As duas... Sem as duas, como poderíamos ser três? Nós três!

Minhas irmãs são minha fortaleza, meu alicerce.

Nada de difícil, impossível e invencível irá nos derrubar. Já vencemos muito e venceremos mais. Nós três!


Nós três somos: Deus, Pai, Mãe, Gisa, Gabi, Jota, Raimundo, Martfran, Samuel, Miguel, Clicia, Frederico, Luciana, Rose, IEMMa... Somos infinitos, somos toda nossa família! Nós três!

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