Como eu esperei pelo dia em que
as pessoas observassem, sem paixões, os erros e os abusos que o Governo Federal
oferecia ao país. Sempre torci e votei "contra" este governo. Nunca
fui "a favor" de suas ações corruptas e ilusórias. E sempre me
manifestei, primeiro com meu voto, e depois em minhas declarações e explanando
minha opinião. Os acontecimentos são tão favoráveis a minha visão que,
certamente, com um pouquinho de oportunismo, uma "surfada na onda" seria
o ideal para mim. Todavia, meu posicionamento não se resume a ser ou não ser.
Defendo o que eu chamo de “a queda” do PT nas urnas.
Ver milhares de pessoas
protestando e ferindo a imagem de um governo que até então parecia intocável
(por 11 anos) é uma tentação. Entretanto, considero mais importante analisar os
acontecimentos de maneira conservadora e respeitando o que mais interessa nessa
história toda: a liberdade (assunto que só poderia explanar em outro texto). Por
isso não é bem vinda em minha avaliação uma “massa de pessoas” passando por
cima de tudo achando que só assim tudo se resolverá. Não sendo de acordo com o
que essa massa quer, juntos, eu e mais outros milhares de pessoas que pensam
igual a mim podemos fazer a mesma coisa. Até que vire um “círculo vicioso” onde
o governo vire marionete de manifestações. Isso não é democracia!
Escutei e li inúmeras pessoas,
entre parentes e amigos, que manifestavam-se favoráveis ao que acontecia, antes
das manifestações, com o país. Enquanto o governo agia de maneira ilícita,
enganando o povo, fingindo e convencendo as pessoas de que tudo estava bem,
essas pessoas defendiam-no com força e paixão, desafiando quem pensasse diferente.
Então, considero-os incoerentes. As manifestações podem mudar o rumo das
eleições de 2014 que colocava o governo praticamente reeleito. E seus
seguidores, não irão defendê-lo? É notório, não se pode deixar passar, que ter
sua opinião inserida no mesmo lugar da opinião da maioria é confortante. A
maioria está apoiando os “movimentos” com a mesma paixão que defendiam
justamente o alvo das manifestações. Não se trata mais de ideias, mas sim de
oportunismo.
A questão não é ser contra ou a
favor de manifestações. Antes de julgar quem não vai às ruas, de atacar quem
não pensa como a maioria e de pensar que quem se pronuncia contra menospreza os
protestos, os modistas deveriam decidir-se se ainda irão votar no Governo PT
nas próximas eleições. Pois expor a opinião para alguns é apenas decidir se
está ou não está no conforto da maioria.
Contra ou a favor? Isso não quer dizer nada. Quero ver você não votar em quem você defendia apaixonadamente!
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