quinta-feira, 28 de julho de 2011

Respectivamente?!


Quem um dia não escutou, decorou, aprendeu ou ao menos não ouviu falar dessa frase: “Nasce, cresce, reproduz e morre.” ? É difícil esquecê-la né? Pois é! Em uma definição que serve para caracterizar os seres vivos, essa frase é reconhecida por todos que um dia tiveram o mínimo de escolaridade em sua vida. Mas tem gente que (respectivamente) a leva a sério de mais.

Entre o nascimento e o dia derradeiro existem vários detalhes que devem ser considerados relevantes, pois influenciam diretamente na ação do verbo viver, principalmente se tratando de seres humanos. O que será que basta para estarmos vivos? Respirar é suficiente? Para muitos sim! Por isso gosto de afirmar com todas as letras: - Eu estou vivo, eu vivo e sou um ser vivo! Mas não nasci para reproduzir e morrer! Prefiro antes tentar entender essa grande questão: VIVER!?!

Sei que é difícil lembrar, mas no momento em que nascemos, apesar de toda a natureza do resto do mundo nos forçar a desistir, nosso organismo teima em reagir para que permaneçamos vivos. A primeira lição que nosso corpo aprende é respirar. Por puro instinto! O nosso corpo, como uma máquina, engrena tudo o que ali é maleável e força o ar a entrar em nossos pulmões, nos ensinando a, como uma sanfona, “estrear-los” e movimentar nosso pequeno tórax. Também por instinto acontece outra das primeiras lições do homem: Aprender a alimentar-se. Ao triscar os lábios na mamas de sua mãe, o corpo da criança sabe muito bem qual movimento a boca precisa fazer para transferir o leite dos seios para seu corpo. Logo, por necessidade, o novo pequeno ser vivo agradece e vicia o organismo a querer sempre mais. E assim quase como regra, o ser humano progride em sua primeira obrigação: Continuar vivo.

Analisando esses dois exemplos é perfeitamente visível a necessidade do ser humano em agir por instinto no começo da vida. Porém, alguns seres, humanos talvez, teimam em usar o instinto para continuar vivendo.  E sendo humanos e racionais (teoricamente), esses seres se tornam canibais, devorando a si mesmos com ações típicas de recém-nascidos. Estes tipos de seres insistem em nascer, crescer, reproduzir e morrer, claro que às vezes com algumas variações dessa ordem (criança que faz outra), e resumem o que eles chamam de viver a essas quatro ações.
Eu nasci, cresci fisicamente e ainda espero crescer, crescer e crescer, mas não fisicamente! Pretendo crescer de uma forma que me permita produzir sempre (de preferência produzindo CONHECIMENTO). Pois a verdadeira vida é mais do que apenas respirar, agir por instinto, isso até um rato faz! Já para um ser humano existem motivações, sentimentos, fortunas, vitórias, derrotas, superações, raciocínio, construções... Existe crescimento (conhecimento)! Um ser humano dotado daquilo que o difere dos demais animais, não deve levar sua vida só por instinto da espécie (está morto estando vivo!). O cerne da questão: viver requer produção (e não só re-produção!)
Em relação à “grande questão: VIVER!?!”, entendo que, em quanto  se respira, deve-se buscar conhecer, para crescer, para produzir, para Viver! Já em relação à frase “Nascer, crescer, reproduzir e morrer” eu lhes digo: a morte depende do quanto se vive, do quanto se cresce, do quanto se conheça. Há mortos-vivos!(Detalhe)

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