quarta-feira, 7 de março de 2012

O gargalo!


Sempre que observo em mim e em outras pessoas uma forte característica de inquietação, questiono o que provocou esse estado.  Em um caminhado, em uma fala – ou grito, em um olhar, na própria respiração, enfim, não é difícil notar extravagâncias nessas características, basta ser detalhista. Enxergo nisso, além de simples tipos de comportamentos, conseqüências de situações passadas que condicionaram as ações atuais. Intrigante! Difícil é convencer a si mesmo e aos outros a reconhecer no momento certo o que ocasionou a inquietação e o que, agora, ela está provocando.

Observando no trabalho, em casa, em qualquer lugar, certifiquei-me de algo já conhecido e lógico: O acúmulo de tarefas proporciona um desgaste emocional desnecessário. E isso se repete tanto que é quase inaceitável não perceber e tentar evitá-lo. Por Isso a pergunta: por que as pessoas não aprendem a dominar seus estados emocionais se eles chegam a ser previsíveis?  Assim até parece fácil! Acontece que somos extremamente receptivos quando se trata de emoções. Ainda mais quando não há tempo para reflexões ou explicações por motivos de muita ocupação. Dependendo da pessoa, um simples não é capaz de transformar um sorriso em prantos. O fato de se está muito ocupado e preocupado tende a fragilizar ainda mais esses nervos tão receptivos. Logo, por mais que se saiba que no momento você está prestes a dar um ataque, é mais fácil chegar a fazê-lo do que tentar se controlar. – Quem precisa de raciocínio?  

No dia a dia é comum buscar sempre a eficiência, fazer o seu serviço bem feito, tentar estar o melhor possível para poder fazer o melhor. Porém, também é comum já em uma segunda-feira, certificar-se que essa boa semana não depende da gente, mas de quem nos rodeia. Jogamos nossas responsabilidades nas mãos dos outros. Tudo o que acontece conosco tem um motivo, e se busca justamente o errado. – Hoje eu caí da cama. ; - Fulano nasceu virado para a lua! ; Isso só aconteceu comigo por que não pensei positivo. São infinitos os exemplos de fuga de obrigações, ou de culpa. Esse tipo de comportamento pode até ser atrativo, ou parecer tranqüilizador, mas é só ilusão. É apenas uma satisfação passageira. O melhor é chamar a responsabilidade pra si, assumir a situação e aprender com os erros. – ou com acertos! Tornando-se cada vez mais forte e resistente.

Em certos momentos parece até que estamos sufocando: - São muitas tarefas! ; Muitas obrigações! ; Eu nunca vou conseguir fazer isso! . Percebi, já há algum tempo, que esses momentos se repetem e estão diretamente relacionados com as mudanças que proporcionamos em nossas vidas. – na rotina!  Até que aprendamos a li dar com as novas experiências ficamos apreensivos e desconcentrados, por isso somos pegos de surpresa quando chegamos ao limite. Mas isso não impede que possamos aprender a encarar e vencer essa etapa tão periódica. Se nos concentrarmos bem, analisarmos bem o que esta se passando e reconhecermos a situação, conseqüentemente o sangue esfria, enxergaremos o que virá pela frente e sabendo que já passamos por isso mais vezes e sobrevivemos, ficaremos tranqüilos e passaremos mais uma vez com vitória pelo gargalo.

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