Quando não mais de vós for a vez. Quando,
portanto, perdei-vos. Apresente vossa descida. Adormeça e mistura-te.
Apresente-vos seu talvez!
Os chinelos sumiram.
Os sapatos, meias ou degraus; Todos longe.
Descalço.
Correr sobre brasas
alivia a dor da queimadura inevitável quando planta-se os pés parados em seu
mais quente vermelho.
Chão.
A sola, a pele... Como
de pé na lama, as brasas invadem os “entre dedos” e, de mãos dadas com a dor,
passeiam sob nervos.
Queimado.
Andar para frente
seria como patinar em gelo com travas. Retornar?
Fracasso.
A esquerda apresenta
seu chão limpo, livre de brasas. À direita idem.
Saída.
O chão limpo é frio.
Agora vermelho...
Alívio.
O caminhar é
tranqüilo. Ali, em frente, os calçados.
Calçado?
Mas os sapatos não
cabem mais. Chinelos? Tampouco!
Migração.
Agora, mais familiar,
o chão que há muito não se apresentava.
Revivendo.
Equivalente, proporcional,
congruente... Chão, chão é chão.
Adaptação.
A roupa guardada há
tempos é re-vestida.
Pé atrás.
Feito brasa, aquece o
peito. Brasas em quase o corpo todo, agora. Chamas!
Novo.
Ainda de pés nus, mas
aquecido o peito. Ainda queimado, porém vestido.
Ilusão.
Camisas não se calçam.
Os pés querem desafogo.
Descalço. –
Ainda.
Mas o chão existe!
Talvez nem o alto exista sem ele. Talvez as cicatrizes gerem lembranças lá no
topo. As camisas usadas lá, no alto, para proteger do frio, não poderão calçar
os pés aqui, em brasa. Talvez, mais uma vez, o chão seja esquecido de vez.
Então, acordando sobre chamas, os “entre dedos” sapequem e aqueçam as
lembranças de que, sem o chão... Sem o chão não dá, não existe talvez!
Degraus,
por favor. Preciso descer!
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