A convivência é um desafio! Para sobreviver,
alimentar-se não é a principal engrenagem, e sim a tolerância aos sujeitos
vizinhos. Diferente de opiniões humanistas, esta opinião só defende o salto
evolutivo do ser humano, que, antes de tudo, esse humano aventurou-se a
arriscar sua vida compartilhando seus lares tão próximos dos alheios. Assim, a
convivência, a tolerância e a paciência são traços claros de evolução.
No lado oposto ao da evolução, vivem os impacientes.
Os intolerantes são heranças cruas de um passado instintivo. É o que se conhece
também como teimosia. Não satisfeito com comportamentos diferentes, o ser,
certo de que é um modelo a ser seguido, se contorce até conseguir impor suas
vontades. Ele sofre por não aceitar o comportamento alheio. Como uma criança
insistindo por um bombom negado, - e antes que me entendam mal, eu vos digo que
não falo aqui de pais adultos insatisfeitos com seus filhos adolescentes. Falo
de adultos que não conseguem ser racionais uns com os outros.
Observar milhões de seres humanos vivendo em suas
casas lado a lado é animador. Pois não se encontrava, muito antes, pessoa capaz
de conviver, por isso os isolamentos e as grandes viagens de pequenos grupos, como
os nômades. Porém, o histórico físico da convivência de hoje, mascara os
humanos e sua situação real. Em momentos críticos – de pavio curto – a explosão
de sentimentos inunda os nervos mais pacatos. Estressando, minando as
aproximações mais superficiais de um ser, até destruir os relacionamentos mais
maduros.
Evoluir, para nós racionais, é mais do que
simplesmente evoluir. É também conviver. Por mais naturais que sejamos, mais
instintivos, não conseguiríamos seguir em frente a sós. Passar a “viver com”,
além de uma necessidade, passa a ser obrigatório como ferramenta para sobrevivência
do gene humano. Não se exige bondade, nem santidade. Apenas a aceitação da
condição da existência da humanidade: a Convivência!
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