Sacrifícios são válidos. E no ano
de 2013 sacrifiquei-me do que mais gostava de fazer: comer! Uma das maiores
decisões de minha vida. O resultado foi excelente!
Minha rotina beirava fraqueza. A
preguiça era parceira e o cansaço quase ordem. Com 108 quilogramas ficava
difícil ser habilidoso, jeitoso, competente e, simplesmente, chegar ao fim da
tarde com alguma coragem. Meus 1,67 metros não combinavam com o fardo excessivo
de obesidade. Não dormia bem, dores no corpo todo me perseguiam, estresse e, claro,
um mal relacionamento com minha família, pois a paciência já quase não existia.
Mas 2013 era diferente, um ano com novidades em minha vida. Um certo ser me fez
despertar para sobrevivência. A necessidade de estar saudável para ver meu
filho que acabara de nascer, crescer me fez enxergar um futuro mais justo para
meu corpo e, consequentemente, para minha vida familiar. Pois bem, mudei!
Seis ou sete pães, eram os
companheiros de um possível cafezinho no início da noite para compensar o
cansaço. Ou, quem sabe, uma panelinha com carne frita e farinha, com macarrão
ou arroz. Coxinhas, pastéis, empadas eram frequentemente acompanhas de um
grande copo de nescau, claro, com bastante leite em pó. 400 gramas de leite em
pó e uma latinha de achocolatado não duravam dois dias naquele ritmo. Pela
manhã, sempre comia pouco. Mas durante todo o dia, um cafezinho com bastante
adoçante me abastecia. Eram vários, seis, sete, oito só em uma manhã. Porém, no
almoço, maneirava. Sempre pouco arroz, pouca carne. Entretanto, um docinho logo
após era regra. E lá seguia eu já
pensando nos próximos cafezinhos da tarde, preparando para chegar em casa, lá
pelas 18:30 h, e comer tudo que eu tinha direito. Meu peso ultrapassou limites
que jamais esperei.
Levei muitos puxões de orelha, pois
refrigerantes eram também regras nos fim de semana. Dois litros eram consumidos
fácil. Em muitos domingos encerrava a noite com pizzas ou pastéis, hambúrgueres
ou, como já citei, comidas requentadas carregadas de óleo.
Certo dia, após inúmeras tentativas
para perder peso, inseri-me em um programa de reeducação alimentar incentivado
pela minha amada esposa. Recebi a visita de uma representante Herbalife, a dona
Márcia. Eu nunca acreditara naquilo, mas minha esposa acreditou em mim. Quando
eu a questionava ela dizia: “Conheço você, se quiser conseguirá”. Eu então
aceitei ouvindo dela diariamente dizendo: “Agora vai!” Isso me enchia de
esperança.
Disciplinado, então, percebi
resultados instantâneos. A balança já me indicava dois quilos a menos em uma
semana de reeducação alimentar e exercícios físicos em uma academia. Sentindo
fome, ignorando guloseimas, dizendo não para a tentação fui seguindo e, de dois
em dois quilos, em um mês foram-se oito. Os elogios me enchiam de coragem e
aquela frase: “Agora vai!” Me mostrava que estava indo, e bem!
Mas os eventos eram muitos.
Festas com docinhos, salgadinhos, refrigerantes me perseguiam. Porém, eu sabia
o que dizer em todos os lugares: NÃO! Em casa, minha esposa comprava
ingredientes, chocolates, fôrmas e, cada vez mais, treinava seus dotes
culinários. Aqueles aromas impregnavam a casa. E o NÃO me defendia. Nunca
provei nada! Eu só comia o que deveria comer e pronto: um shake pela manhã e
outro substituindo a janta!
Os 108 quilos em dois meses
viraram 94. Perdi 14 quilos em 60 dias. As mudanças apareceram. As roupas
estavam folgadas. Os olhares das pessoas se direcionavam a mim. Meu corpo
estava mais leve, as dores sumiram, a disposição apareceu. Eu estava
emagrecendo de verdade!
E continuo. Hoje peso 82,8
quilogramas. Preciso chegar aos 82,5 quilos para sair do sobrepeso.
Praticamente consegui, 25 kg se foram! Meu treino na academia é levado muito a
sério. Minha alimentação também. Continuo com o NÃO na ponta da língua, pois
ele foi meu escudo. Ainda sinto desejos por doces, salgados, refrigerantes, mas
já provei para mim mesmo que consigo viver sem isso.
Espero, com muita sinceridade
que, minha vitória e força de vontade sirvam de ajuda para quem precisa. Por
isso estou expondo detalhes de minha vida por aqui. Sei que não é fácil
emagrecer. A obesidade estava comigo há 6 anos. Então, humildemente, como
conselho digo que duas palavrinhas podem mudar a vida de quem precisa
emagrecer. A primeira é NÃO. E a outra é FOCO. Saiba aonde você quer chegar.
Trace seus caminhos, siga-os sem pestanejar. Vai ser suado, mas o resultado
aparecerá. E aí digo o que fiz: Para trás nem para pegar impulso!
Em breve irei expor mais
resultados de minha luta contra a balança. Nesse novo ano pretendo continuar
vencendo essa briga. Abraço a todos e espero que quem precise emagrecer consiga
alcançar suas vitórias.