terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Um vegetal de grande porte!


 

Uma longa planta, longa em comprimento e ainda mais em vida. Planta forte, de caule avantajado, frutífera ao extremo, até na seca alimenta quem necessita. O terreno escasso, pobre e sem cor jamais poderia dar vida a algo tão magnífico. Mas aí está ela, esplendorosa, com frutos rechonchudos, brilhosos e com cores que reluzem naquela paisagem... amarelinhos! Como pode? Sair desse chão rachado algo tão belo?

Essa beleza é ameaçada por plantas aclorofiladas. A planta, por esbanjar saúde, atrai sugadores, ladrões de nutrientes que em outro lugar não se encontram. Mas o gigante vegetal, de porte grandioso, com suas frutas ali, disponíveis para os bem-intencionados, também está vulnerável às trepadeiras. Pobres de nascença, os parasitas enroscam-se galho a galho, roubam seiva, força e ainda sobem. Não querem deixar escapar a chance que lhes aparece, assim, tão fácil. E essas ervas daninhas se esbaldam.

Em breve, os frutos aparentam palidez. As folhas antes vibrantes parecem enfraquecer-se aos olhos dos desavisados. A sua copa sempre foi o alvo de todas as atenções e, por isso, agora diante do perigo, continua a ser mirada com atenção, porém, por culpa de invasores. Esquecem-se os ignorantes, que nada entendem de plantas, que aquele vegetal saiu de um chão infértil, de escassa alimentação e, ainda assim, sobreviveu e com glórias. Antes de sua magnânima copa, existe seu caule, de largo diâmetro, crescido de forma magistral. E ele a garante. Sustenta aquela planta com sapiência e rigidez.

Logo, em um dia de pouca luz, alguém, já na espreita, chega perto da gigante. Aos poucos sobe naquela estrutura enorme, com respeito e a generosidade que merece. Um a um, arranca os sugadores. Corta, puxa, tritura... Em poucos minutos quem esteve por cima, roubando, vira folha seca. E os desavisados que apostaram na decadência da senhora Planta, ainda olham para a copa. Esquecem-se do solo seco que pisam e ainda admiram aquela vida, verde e gigantesca.

O caule se fortifica, os frutos esbanjam sabor. Mas sugadores vieram e virão. Porém, a navalha afiada está pronta para fazê-los misturar-se com aquele chão, sem cor, sem vida. Puxa, arranca e tritura! Não se rouba nutrientes de uma Planta gigantesca sem pagar por isso.

Agradece-se aos Cotilédones em suas sementes. Ali moram as respostas do sucesso daquele vegetal de grande porte.