sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A criação – O desejo como descoberta da incapacidade.



Tem por costume criar algo para satisfazer-se o indivíduo que adquire uma angústia eterna, um desejo infinito, uma esperança. Por mais que se reclame, entregar-se à expectativa, viver uma esperança e martirizar-se ainda é prazeroso. O arrependimento e o desejo eterno, como dois extremos, são o combustível dos seres humanos comuns.

Para se conseguir a verdade pura é necessário enxergar além da ponta do nariz. E se, por fortuna, deparar-se com uma não-verdade, acreditar em qualquer não-mentira é sim está focado na ponta do nariz. - Como é satisfatório acreditar no que se quer ver! Acreditar em sua própria mentira torna-a verdade, mas não a livra de ser mentira. Porém, credita-se a qualquer conto uma pureza inexistente só apreciada na particularidade. Quando vista por terceiros aparenta o que é realmente, uma não-verdade. E por que acreditar?

Ao adquirir o hábito da pescaria, obtêm-se também a habilidade de iludir-se. A esperança é a maior arma do pescador. Sem técnicas específicas, pacientemente aguarda-se o peixe prender-se no anzol. Sem conhecimento e sem essa habilidade da paciência a chance de alcançar o objetivo é ínfima. Deduz-se assim que sem esperança não se alcança o desejo, e o ser humano prende-se a isso de tal forma que aprende também a depender dele. Torna-se inviável viver e não ter esperança. Mas por quê?

Na verdade a inviabilidade está em ter que esperar sempre por algo. Simplesmente o ato em si é o suficiente para viver. Ao esperar – esperançoso -, o ser aprende também a depender, logo desaprende a ser autônomo, configurando assim uma ineficácia. Ora, e por que ainda se iludem?

Simples. A lembrança maltrata o ser. Os atos que antecederam os desejos e foram desastrosos como resultado não abandonam as memórias do ser comum. Quer-se, por força, não esquecer o sofrimento por ter-se a esperança de que isso não se repita. E se repetir, tem-se a esperança de saber como solucionar o problema por já conhecê-lo. Esperar por um problema é a marca da incapacidade. Esperar por uma solução também é.

O ser humano é especialista em criações. É especialista em sonhos. Mas deveria ser especialista em esquecer. Mas devia ser especialista em agir - sem esperar!  

domingo, 26 de agosto de 2012

Sem ser capaz, não existe ser. – Serás ser só se for capaz!



É comum aceitar certas condições impostas pela simples incapacidade de se fazer lutar contra. Ir com a maioria significa delinear a fronteira da autocapacidade. Enquanto os verdadeiros líderes destacam-se por tomarem as decisões sem temer ou esperar opiniões alheias. Ao ir em frente, confiante e determinado, tem-se atrás um rio de seguidores, cegos, surdos e mudos, dispostos a defender quem os protege da difícil missão de pensar. A caça terceirizada livra os incapazes de produzir seu próprio alimento.

Aos componentes dessas águas de seguidores longas e infinitas, a esses pobres coitados, ainda são confiadas responsabilidades que influem diretamente contra na individualidade, ceifando aos poucos sua força interior. Acha-se realmente que não precisa agir. Cresce então dentro do indivíduo uma necessidade absurda de atenção, dependência, fazendo-o acreditar no poder coletivo. Assim, espera-se que com a força de vários a carência de um seja suprida. A dependência engole o ser, transforma-o em pequeno, em nada. O sem força e inútil logo vê-se rodeado de semelhantes. Então ao invés de termos significativos e destacados seres fortes, capazes, teremos na verdade um conjunto apagado e sem vida de nadas.

 Ainda assim, ao nada, ao conjunto sem fim de nadas está depositada a maior forma de poder encarada por um homem em todos esses recentes anos: na decisão por maioria o futuro de uma nação, ou de um grupo, por meros caprichos, é decidido por quem deixou de ser indivíduo. A dependência contamina. Deixa um rastro de cegueira por onde passa.

Um verdadeiro líder, ao perceber a fraqueza de um de seus seguidores o ignora. Assim como o resto do grupo. O mais fraco precisa ser tratado de forma que o faça reagir sozinho. Precisa entender que sem força individual não chegará longe. A mãe de qualquer animal ao amamentar seus filhotes nota que um deles está ficando pra trás, ela o deixa. Assim ele irá segui-la, reconhecendo assim seu poder de ação e tonando-se forte torna-se também superior aos demais.

O ser humano confunde o espírito de liderança. Estender a mão ao outro nem sempre significa levantá-lo. Ao ser só, o ser encara não um tripé, e sim a sustentação natural. E isso deve ser valorizado. Às promoções da multidão deve-se arrogar o egocentrismo. Sem valor não pode-se somar. É desenvolvendo força individual que se descobre a capacidade. Extinguindo-se essa força cria-se uma nação de incapazes.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Estrelas da areia. Achem todos os "Datinhas"!


Esporte, uma força que, assim como a educação, pode tirar jovens sem perspectiva de vida da miséria. Poucos têm a oportunidade de se sobressair entre tantos e se tornar um ícone em meios a outros atletas em uma nação. Poucos possuem o privilégio de nascer em um local que lhe proporciona, naturalmente, condições de estrelar entre os melhores atletas de um país. Se existe a chance, deve-se consumi-la com todas as forças. Tutoia possui um centro de treinamento de Beach Soccer construído pela natureza. Não aproveitar isso é, no mínimo, burrice.

Temos uma prata da casa solta por aí, pelo mundo, mostrando que é bom, que sabe fazer melhor que os outros. Um jogador nascido e criado em Tutoia, corredor nato de nossas areias e o melhor jogador de todo o Maranhão, de todo o Nordeste e, em breve, do Brasil e quem sabe do Mundo. Datinha saiu de nosso sol escaldante e foi jogar na Rússia – sem sol! Trocou nossas areias por neve. E ainda é o melhor. Destaque por onde joga, nosso craque está por aí jogando bola.

O município de Tutoia, com toda sua praia, com todos os seus campos de areias existentes em seus povoados, com todas as suas crianças aprendendo a jogar bola em areias quentes e densas, há alguns anos lidera o campeonato Maranhense de Beach Soccer. Está claro que uma boa safra de jogadores, por um golpe de sorte – pois não foram incentivados, juntos, dominam a competição local. Por isso, metade de nosso time defende grandes clubes nos campeonatos nacionais. Temos matéria-prima.

Uma ação precisa atuar nesse mercado. Uma ação Tutoiense. Precisa-se de uma gestão especial voltada para o esporte. Crianças de até 12 anos precisam ser inseridas em um movimento de massificação de nosso futebol de areia. Precisam de educação, treinamento especializado, investimento, boa alimentação, preparo físico, treinamento tático - também - e mais educação. Com empenho e eficácia essas crianças com certeza colheriam bons frutos quando crescessem. Precisa-se encontrar todos os outros Datinhas que existem aqui.

Um projeto mais arrojado seria para inserir um atleta, ou atletas tutoienses nas Olimpíadas do Rio – curto prazo, ou na próxima, em 2020. Almejar uma medalha, a primeira de nossa terra, caso o Beach Soccer faça parte dos Jogos, como se planeja. Não seria nada simples, mas temos os instrumentos necessários para isso. É só pensar, e claro, trabalhar muito.

A falta de reconhecimento de nossos atletas é preocupante. Nossos líderes nacionais já não correspondem e nossos líderes locais idem. Falta algo: inteligência! Faltam capacidade e vontade para aproveitar oportunidades. E isso é que mais preocupa.

Temos pratas, bronzes e muitos ouros em nossa casa, em nossa terra. Precisa-se de apoio. “- Arregacem as mangas e trabalhem, mudem essa realidade!”

Temos que agradecer aos nossos jogadores e principalmente ao Datinha. Eles nos mostraram um motivo de orgulho em tempos de muitas decepções!  

sábado, 18 de agosto de 2012

O Sol, como sempre, rei!


Maravilha viajar e só ter a sua frente linhas da estrada cortadas pelo horizonte. Um leve escurinho disfarça o natural da paisagem clareada timidamente por faróis de luzes amarelas. Não se pode desviar atenção, dirigir à noite requer cuidados redobrados, mas a necessária visão periférica de um motorista permite deliciar-se da beleza ao seu redor, ainda que pareça só a sua frente.

As horas passam e as luzes artificiais trocam de tom com o amanhecer. Transformada a percepção, aquele início tímido rapidamente mescla a calmaria de uma madrugada com o alvoroço nítido de uma aurora. Como se fosse uma preparação, com expectativa, percebe-se a submissão completa, a chegada de algo esplendoroso trata de fazer mudar tudo o que horas antes era d’outro reino. Ele está prestes a nos inundar com sua energia.

Difícil controlar os olhos. Quer-se ver, capturar o mais lindo momento: o instante em que os torna outro, a chegada do primeiro feixe de luz. Naturalmente, as pupilas arreganhadas, ainda vulneráveis, não temem o que está por vir. Mas é inevitável. Quando o grandessíssimo surge nada mais o ignora. O vasto círculo de fogo, alaranjado, preenche o espaço que antes já havia sido contemplado. E os olhos fogem a sua encarada. Não se pode confrontá-lo assim. A luz é imensa! 

O seu poder nos conforta. Teremo-nos por toda a vida nesse vai e vem. Agradecemos sua chegada e choramos a sua partida. Mal sabemos de nossa vulnerável situação. Ele não nos cerca, não é o que parece. Por tempos afirmou-se, mas estavam errados. Beiramos a ele. Dependemos dele. O conjunto nos favorece, porém ainda somos menores.

O olhar periférico do motorista percebe o vasto caminho percorrido pela luz emitida pelo grande astro. Percebe também a nossa inferioridade. Somos servos. O Sol reina e nos faz aceitá-lo.

Coloquei os óculos escuros e a estrada fez-me virar e perdê-lo de vista. O ainda dia brilha. Começou mais uma vez.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sexta-feira? E daí?


Difícil negar. Difícil também não está cansado em uma sexta-feira. O sábado é bem vindo, o domingo também. E a segunda-feira? A segunda-feira tem que ser bem vinda, num tem jeito. A semana precisa começar bem, ou então não terminará no mínimo razoável. O final letivo da semana é tão cansativo quanto revigorante. Espera-se a dupla folga com muito entusiasmo.

Apesar de conhecer a s responsabilidades, apesar de aprender a gostar da rotina, o descanso sempre é bem vindo. Claro que não é um descanso por completo, afinal o serviço não encerra todas as sextas, ele apenas dá um tempo. Mas é revigorante. O sábado e domingo são essenciais. Lendo livros ou revistas, assistindo filmes, indo à praia, ao churrasco, às festas, seja o que for, cada um tem sua fórmula para desopilar.

Não se deve, como muitos, é esperar a sexta já quando começa a segunda. É suicídio. Além do tempo passar mais devagar, por contar-se os segundos, a semana é perdida. Cada dia é importantíssimo, e respeitá-lo é fundamental para qualquer construção de vida.

A sexta-feira chegou! Sim, e daí? Os carros param nos postos de combustíveis e, após abastecer, eles não ficam lá pra sempre. Da mesma forma que se quer a sexta tem-se que desejar a segunda. Motivar-se é importante! Trabalhar é importante!

A mudança da rotina proporcionada pelo fim de semana reabastece o corpo achado na reserva. Devagar, mas sempre correto, a saudade do dia a dia corrido, do serviço e até mesmo do cansaço é o que todos sentem. Não dá pra enganar ninguém. Trabalhar é bom. Faz bem! 

Leve um Mercado para frente de sua casa!


Lembranças fazem com que as pessoas se emocionem vez ou outra. Detalhes da infância, de seu crescimento, de acontecimentos importantes em suas vidas. Também fazem parte dessas emoções os locais das brincadeiras, dos primeiros passeios, as mudanças ocorridas na vizinhança, o crescimento do local. Todas essas coisas fazem-me refletir sobre onde eu moro. Tenho ótimas recordações daqui do Comum. Minha família vive aqui já faz alguns anos e, por isso, o bem deste local é o que queremos.

A administração da cidade decidiu que aqui no Comum estava faltando um Mercado. Tiraram da cabeça de algum jerico que a comunidade estava carente de Mercado. Pois bem, há alguns meses começaram a obra. Coincidência ou não, vésperas de uma eleição. O tal está prestes à ser inaugurado. Localizado a beira de uma pista, perigosa por si só, é uma obra barata, mal feita e trará mais mal do que algum tipo de benefício.

O espaço da construção passou muito tempo sem ser utilizado, é verdade. Porém esperava-se que ali construir-se-ia uma praça iluminada, com área para descansar, coversar. Uma quadra para os jovens praticarem esportes. Poderia ter até uns quiosques para disponibilizar refrescos, lanches, massas, menos bebidas alcoólicas. Mas não! Deu na telha de algum sabichão que para o local, o melhor seria uma feira.

Qualquer pessoa conhece as dependências de uma feira: o cheiro, a desorganização, o barulho, a falta de segurança. E colocar em um local, que antes servia para momentos de lazer de alguns moradores que jogavam um baralhinho ali, um Mercado é de extremo mau gosto e irresponsabilidade. O Comum já sofre demais por ser distante da sede e não possuir a vigília correta da polícia e agora teremos que conviver com um ambiente impróprio e inseguro para a vizinhança.

A escola que existe ao lado do novo empreendimento municipal será a mais prejudicada. Os alunos irão conviver com o mau cheiro e o barulho que o Mercado irá proporcionar. A escola já está alugando parte da vizinhança para poder acolher os alunos, pois o espaço é pequeno. Mas a prefeitura decidiu fazer do terreno vazio ao lado uma feira. Se já estava ruim, pior, com certeza ficou.

O Comum cresceu. Mas não foi por incentivo de nenhum político. Seus moradores, pessoas trabalhadoras, dedicadas ao sustento de suas famílias, impulsionaram o avanço do povoado. Os comerciantes tornaram-se competitivos e isso fez com que melhorasse a vida das pessoas que moram aqui. Hoje temos quase tudo o que precisamos. Lógico que falta muito e muito precisa melhorar, mas com certeza não era de um Mercado que necessitávamos.

Gostaria muito que construíssem o Mercado em frente à casa de quem teve essa péssima ideia. Quando houver bebedeiras, brigas, confusões por ter sons de carros com volume altíssimos, todos lembraremos quem os colocou lá.

Pintaram a fachada e inauguraram a “esmola”, jamais nos esqueceremos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Precisa-se votar em Chico Canavieira!


Votar em Chico Canavieira, não é como votar em qualquer político. Chico possui uma história particular cercada de bons frutos. Um homem família, trabalhador e honesto, Chico é o único responsável pelo próprio futuro. Formado em Direito, também gerenciou uma das maiores empresas atuantes no Brasil. Aposentado e bem resolvido financeiramente, torna o seu sonho de ser prefeito mais bonito, pois não o usa como oportunidade de sucesso individual. A cidade em que Chico nasceu é o seu maior compromisso hoje. Chico Canavieira quer o bem de Tutoia e de sua população. E isso torna a nossa cidade privilegiada. Tutoia pode, a partir do dia 07 de outubro, se tornar uma cidade que será liderada por quem a ama, por quem quer seu maior bem, o seu progresso. 

Está mais do que na hora de uma nova vida. As pessoas precisam enxergar o que realmente podem alcançar. Oportunidade de vencer na vida, tornar-se bem sucedido e ter o suficiente para o sustento de sua família é o que todo trabalhador quer. Negar isso a uma pessoa honesta é privá-la de um bem tão importante para sua vida particular, que deveria ser considerado crime. Dando um fim em situações como essas, Tutoia poderá respirar ares mais saudáveis e assim limpar seus pulmões da poluição da corrupção.

A responsabilidade do futuro de Tutoia precisa mudar de mãos. A cidade precisa de uma administração justa, precisa de alguém que impulsione a economia municipal, respeitando seus empresários, precisa de alguém comprometido com a educação, de alguém que pense nas crianças tutoienses. Nosso município precisa ter como líder, alguém inteligente e capaz de provocar as necessárias mudanças. Faz muito tempo que o dinheiro que circula na cidade não alcança a população. Não se tem a oportunidade de crescer, desenvolver-se, pois só existe riqueza em quem possui o poder. Precisa-se mudar! E com um novo prefeito, tem-se a esperança de mudança. E o povo deve votar em quem pode provocar essa mudança.  Devemos votar em um futuro prefeito que faça o que realmente interessa a Tutoia. É o que queremos!

A mudança bate a nossa porta. Não viremos as costas para ela. Aceitemos e demos boas vindas de braços abertos. Com Chico Prefeito, nossas casas serão mais casas, mais lares. Seremos mais respeitados e mais valorizados. Não deixe a oportunidade passar, vote em Chico Canavieira.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sede de água! Água limpa?


Sentir o calor tutoiense é um privilégio. Um sol forte, que brilha e transmite vida através de sua luz é o que temos praticamente todos os dias. E esse sol, que nos presenteia também no provoca sede, vontade de beber uma água geladinha, limpinha e saudável. Água que não existe. O povo de Tutoia, apesar das ricas belezas naturais em suas portas, não sabe o que é poder degustar uma água tratada. De tão simples que é, a situação torna-se preocupante, pois água tratada é um bem extremamente fundamental e não se pode usufruir dele. Que pena.

Tão importante para saúde, assim como a água, é a existência de um tratamento de esgoto. Saber que os dejetos que a sociedade dispensa todos os dias têm um fim correto também é um privilégio que o povo de Tutoia ainda não sabe o que é. Os tutoienses, para conseguirem viver com o mínimo de saneamento, precisam, eles mesmos, providenciar suas fossas, seus esgotos. Cada um joga seus dejetos em locais longe de sua casa, pensando em seu próprio bem. Porém, se pensarmos que todos fazem isso de forma sistemática, todos os dias, chegamos a uma simples conclusão de que aos poucos os vizinhos andam contaminado-se uns com os outros, ,uns pelos outros, sem perceberem. Estão cercados, sem saída. Uma pena.

A água consumida pela população tutoiense vem de poços artesanais feitos nos quintais de suas casas, muitas vezes muito próximo das fossas, também construídas ali no seu pequeno espaço. E se tentam distanciar uma da outra, esbarram na mesma tentativa inválida de seus vizinhos. Não tem jeito. Viver em Tutoia requer sacrifícios absurdos. E tudo por que não se tem algo tão fundamental, tão necessário, tão primário, que é o saneamento básico. Mais pena.

Será justo privar um ser humano de suas mais simples necessidades? E o pior, necessidades que devem ser supridas por quem, teoricamente, os deveria representar? Não é justo! Mas o povo vive assim. Vive por que não tem outro jeito. E de tão comum que se tornou, viver nessas condições acabou por ser normal, algo corriqueiro. Pena.

Se esse povo conhecesse o que realmente é de direito deles, esses líderes que aqui em Tutoia enriquecem, teriam seu fim decretado. Passariam a trabalhar embaixo de nosso sol quente, sentiriam a sede que todos sentem e sentiriam que beber água tratada, todos os dias, é o que há de melhor. Aí não seria pena nenhuma.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O mercado dos políticos.


Diz-se com muita propriedade nas melhores conversas sobre política: - Não adianta prefeito querer comprar voto, pois não daria certo. Porém, com vereadores sim, a compra de votos funcionaria.

Não diria espantoso, pois até eu já acostumei com essa história, mas é, no mínimo, algo a se considerar com essa ideia de compra de voto. Considera-se, primeiro, porque se pode muito bem explicar o descaso dos vereadores municipais com seu município. Segundo que ser vereador perdeu o sentido e, é oportuno perguntar: - Por que o senhor candidato quer ser vereador? A resposta seria no mínimo hilária.

 As eleições estão aí. Com certeza o escambo já está funcionando e se bobear tem até taxas de valorização e desvalorização de candidatos e de votos. Assim, continua-se a usar a maior e única arma do povo apontada para sua própria cabeça.

Ao candidatar-se para vereador, dizem as más línguas, tem-se que ter dinheiro. Dinheiro para caminhar de casa em casa, fazer um turismo nos povoados do município, e claro, dinheiro para ir às compras. Prometer emprego para a família inteira daquele senhor que representa alguma coisa naquela região. A diretoria de uma escola talvez para a filha mais velha. Ou a administração do posto de saúde, recém inaugurado, e que encanta os olhos de quem ali mora. Melhor ainda quando os tijolos são a moeda. Os planos de uma varandinha e um quarto pro filho adolescente já são prioridades. Promessas... Apenas promessas.  

Sem falar nos dias que antecedem a votação. Durante a madrugada precisam assegurar os votos da região e, aventurando-se com capangas armados, visitam de “butuca” os locais estratégicos, e entregam o pagamento para o responsável pela distribuição.

Assim, perde-se a coerência. Mas é a realidade. Para que votar em vereadores? Para que elegê-los? Sabem aquela história que diz: - Quem paga adiantado merece ser enrolado? Pois é, votando em quem lhe paga adiantado, está-se pagando adiantado também, e melhor.

Cuidado ao escolher seu candidato. Escolha certo.

Aí eu lhe pergunto: Seu candidato a vereador já lhe ofereceu alguma coisa?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tutoia, sempre assim?!


Aos poucos se constrói em Tutoia um castelo de cartas de baralho. Os reis, as damas e os valetes se dividem e disputam o topo. Apesar de alguns ainda se aventurarem na base do castelo. Esses, mais perigosos que os outros, a qualquer momento podem derrubar a casa. No entanto, como os muros são frágeis, qualquer número, menor que seja, também pode destruir esses alicerces. E antes que perguntem pelos ases, lhes digo que estes só vivem dentro das mangas, escondidos e são sempre surpresas: sempre que podem mudam de naipe.

Vivemos em uma época perigosa. O mundo está carente de líderes e de representantes. Por isso, o perigo. Há pouco tempo do dia da votação que elegerá os gestores municipais do Brasil, quem poderia explicar tal fenômeno? Uma infinidade de candidatos. E ninguém toca nos assuntos que realmente importam e quando alguém menciona, é de forma vaga. Quem poderia explicar tal descompromisso?

Falou-se, dias atrás, sobre uma funcionária pública municipal, que pretendia aposentar-se, porém viu-se impossibilitada, pois as contribuições junto à previdência não estavam em dia. Ou seja, o contracheque mostra que, ao pagar seus funcionários a prefeitura desconta o total que teoricamente seria repassado à previdência, mas a funcionária descobriu que o repasse dela não aconteceu. Mas, se o dinheiro é descontado, em que lugar ele se encontra? A história é contada. Será verdade? Outra dúvida corriqueira é a situação de nossos garis. Eles trabalham para quem? Para a prefeitura? Para alguma empresa privada? Qual empresa? Será que o salário desses trabalhadores é pago corretamente? E os descontos da previdência, acontecem?

Nada de novidade nessas questões, porém precisa-se de solução. Não se pode continuar assim, nossos vereadores saberiam explicar tais histórias? Falando em vereadores, quando foi a última vez que a câmara fez oposição à situação? Falando em situação, existe algum prefeito que não empregou seus respectivos parentes? Falando em parentes, qual dos candidatos atuais não têm as listas de cabides de empregos prontas para apresentarem caso venham a ganhar?

Enfim, espero que não seja por medo que esses assuntos não estejam sendo tratados.

É, por medo. Pois, ganhando e, sabendo que não conseguiria mudar muita coisa, os candidatos já estariam evitando compromisso.

Sei que alguns ases poderosos não tocam nesses assuntos, também, porque as pessoas que os elegem não se interessam, ou não conseguem compreender muita coisa. Por isso não há conversa sobre isso. Mas existe uma boa solução para o problema, que é educação.


Abram os olhos senhores da verdade! As cartas estão na mesa.

Ah, antes que alguns ignorantes, defensores apaixonados, venham me contestar, vos digo que não precisam concordar, mas façam um favor: ESTUDEM e LEIAM no mínimo quatro livros por ano para tentar serem críticos em alguma coisa, principalmente com minha pessoa!


Vote em Chico Canavieira para Prefeito. Chico possui o passado limpo!
Para vereador Flávio Merequeta, nº 40 127.